O mau tempo continua a fazer-se sentir em terreno italiano e foi debaixo de condições adversas que o pelotão internacional enfrentou os 294km do primeiro Monumento do Ano, a Milano-Sanremo.
Nove corajosos lançaram-se para a frente e a fuga do dia formou-se sem grandes percalços, pois o pelotão sabia que, mais tarde ou mais cedo, esses homens seriam apanhados. Chegaram a ter mais de sete minutos de vantagem, mas a Sky, a Bora-Hansgrohe e a Quick-Step estiveram sempre a controlar.

Os escapados foram alcançados a cerca de 60km da meta e quando se entrou na Cipressa é que a corrida mudou. A Sky e a FDJ assumiram o pelotão e esse trabalho resultou com Marcel Kittel (Katusha) a ficar para trás. O pelotão chegou mais escolhido ao Poggio, onde à entrada aconteceu uma queda grave que vitimou o líder da Dimension Data, Mark Cavendish (outra vez).
A Bahrain-Merida começou a controlar o pelotão e numa altura de muitos ataques, Vincenzo Nibali (Bahrain) lançou-se para a frente e foi ganhando metros atrás de metros. O italiano passou no Poggio com uma vantagem de 10 segundos e não se adivinhava nada fácil a tarefa dos perseguidores.

Foi a Quick-Step quem assumiu as despesas da perseguição, mas esse trabalho não chegou para destronar o Tubarão de Messina que, com esta vitória, cumpre um sonho de criança. Caleb Ewan (Mitchelton) foi o mais rápido do pelotão e fez segundo, enquanto Arnaud Démare (FDJ) não foi além do terceiro posto. O único português em prova, José Gonçalves (Katusha – Alpecin), viu o seu líder ficar para trás muito cedo e acabou na 53ª posição, a 1:02′ do vencedor.
Fiquem com o top-15 desta edição, que foi, acima de tudo, um hino ao ciclismo.