A 114ª edição da Il Lombardia ligou Bergamo a Como, num total de 231 quilómetros percorridos de forma antecipada pela nova calendarização a que a pandemia mundial obrigou, tornando a prova centenária italiana no segundo monumento da época.

Lombardia, uma região com vistas esplêndidas.

Logo ao quilómetro 0 Petr Vakoc (Alpecin – Fenix), Andrea Pasqualon (Circus – Wanty Gobert), Marco Frapporti (Vini Zabù – KTM), Davide Gabburo (Androni Giocattoli – Sidermec), Joey Rosskopf (CCC), Alexandr Riabushenko (UAE – Team Emirates), James Piccoli (Israel Start-Up Nation), Daniel Savini (Bardiani-CSF-Faizanè), Florian Stork (Team SunWeb), Denis Nekrasov (Gazprom – RusVelo) e Emmanuel Morin (Cofidis) lançaram-se ao ataque, naquela que viria a ser a fuga do dia.

A fuga do dia encabeçada por Piccoli.

A vantagem da fuga nunca foi além dos 5 minutos, sendo que a Deceuninck – Quick Step assumiu o controlo do pelotão. Antes da subida para o Muro di Sormano, a fuga seria anulada, devido ao ritmo imposto pela equipa belga. Faltavam sensivelmente 60 quilómetros para o final.

Na passagem do Muro di Sormano, subida duríssima de 7.2 quilómetros a 8.4% de pendente média, o pelotão começou a ficar reduzido ao lote de ciclistas que ia disputar a vitória: Remco Evenepoel (Deceuninck – Quick Step), George Bennett (Team Jumbo – Visma), Jakob Fuglsang e Alexandr Vlasov (Astana), Giulio Ciccone, Vincenzo Nibali e Bauke Mollema (Trek – Segafredo).

O pelotão começou, gradualmente, a reduzir-se.

Na descida do Muro di Sormano, Evenepoel embateu num muro de suporte a uma ponte e caiu ravina abaixo, num dos momentos mais assustadores desta temporada. Felizmente, o prodígio belga esteve sempre consciente, sendo depois transportado para o hospital. A cerca de 20 km para o final, surgiram os ataques no grupo dos favoritos, em plena subida de Civiglio. Fuglsang lançou-se ao ataque com Bennett na sua roda, com Vlasov a ser o único a conseguir fazer a ponte para o duo.

O grupo manteve-se junto até à derradeira dificuldade do dia, San Fermo della Battaglia, com 2.9 quilómetros a 6.6%. Bennett tentou distanciar o duo da Astana, mas só Vlasov cedeu, e numa demostração de força, Fuglsang lançou o derradeiro ataque para a vitória, deixando o neozelandês da Jumbo – Visma para trás.

Bennett aumentou o ritmo mas nem isso fez descolar Fuglsang.

Fuglsang conquistou, assim, o segundo monumento da carreira, sendo o primeiro dinamarquês a conquistar este monumento. O pódio ficou completo com Bennett a 31 e Vlasov a 51 segundos. O melhor português do dia foi Ruben Guerreiro (EF Pro Cycling), terminando na 17ª posição.

Top-10 final da prova.

Texto de Diogo Fonseca.

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