Apesar de ser das provas que mais tardiamente surgiu no panorama do ciclismo internacional, a Strade Bianche é considerada já uma das provas de referência do calendário devido aos vultos que ano após ano marcam presença na região italiana da Toscana, bem como devido ao espetáculo único na época velocipédica que a própria corrida oferece, fruto dos famosos sectores de Sterrato, que tornam esta prova única.

Nesta 11ª edição, a chuva deu tréguas aos corredores, facto que é bastante fácil de identificar já que à chegada à Piazza del Campo na cidade de Sienna os heróis do dia não tinham marcas de lama nos seus equipamentos. Porém a dureza do percurso, o pó e o atrito que sempre dificultam a marcha do pelotão foram novamente factores decisivos para a prova italiana. A fuga do dia formou-se, mas sempre com o pelotão atento.

Imagens espectaculares marcam esta corrida.

O pelotão, como é apanágio, foi sendo fraccionado ao longo da prova, no entanto, foi a cerca de 50 km da meta que a corrida teve o início das verdadeiras hostilidades, com a passagem no mais longo sector de sterrato (Monte Santa Maria), a partir deste ano com o nome de Fabian Cancellara, que por 3 ocasiões levantou os braços em Sienna.

A agressividade habitual de homens como Greg van Avermaet (BMC), Zdenek Stybar (Quick-Steep Flors) ou Michal Kwiatkowski (SKY) podiam decidir a prova. O ex-Campeão do Mundo polaco que foi o mais inconformado do dia. Irreverente, Kwiatkowski atacou forte no Monteaperti e na chegada ao terrível Colle Pinzuto apenas Avermaet, Stybar e Wellens (Lotto-Soudal) estavam na sua companhia.

No entanto o ataque decisivo para a vitória não surgiu nas brutais rampas do Colle Pinzuto, surgiu sim a 15 km do final quando Kwiato se lançou novamente ao ataque, beneficiando da apatia dos seus companheiros de grupo para se destacar. A força e classe do polaco fizeram com que este se mantivesse na frente na subida pela Via Santa Caterina (onde em 2014 lançou o ataque decisivo para a sua vitória perante Peter Sagan) que leva ao final da corrida na Piazza del Campo, bem no centro histórica da belíssima cidade de Sienna.

Que momento de forma atravessa Kwiatkowski.

Esta foi a segunda vitória do polaco em Sienna. O pódio foi composto por dois ilustres belgas especialistas em clássicas, Avermaet bateu Wellens ao sprint para alcançar o segundo lugar. Já Stybar (ex-vencedor da corrida no ano de 2015) ficou-se pela 4ª posição. Destaque ainda para a excelente participação de José Gonçalves (Katusha – Alpecin) que finalizou no 11º lugar. Já Tiago Machado (Katusha – Alpecin) fechou em 54º e Nuno Bico (Movistar) não terminou a prova.

Eis o top-15:

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