Tal como já se previa, o mau tempo reinou nesta clássica, mas tal só trouxe ainda mais espectáculo a esta 12ª edição. Os ataques começaram desde cedo, mas ninguém se conseguiu destacar dos demais.
Com o decorrer da corrida, o pelotão foi ficando cada vez mais pequeno e formou-se a fuga do dia, com nove homens, com destaque para Edvald Boasson Hagen (Dimension Data) e para o Campeão Europeu de Contra-relógio Victor Campenaerts (Lotto Soudal). Não conseguiram alargar a vantagem para cima dos três minutos, num pelotão liderado pela Sky.
A fuga foi alcançada a cerca de 60km da meta e foi aí que se formou o primeiro grupo de homens fortes, com Michal Kwiatkowski (Sky), Alejandro Valverde (Movistar) e Peter Sagan (Bora-Hansgrohe) a serem as principais figuras. O grupo nunca se entendeu muito bem e o mais inconformado era o campeão do mundo de ciclocrosse, Wout van Aert (Verandas).
Romain Bardet (AG2R) conseguiu alcançar o grupo da frente e não parou, continuou e apenas van Aert o acompanhou. Os dois conseguiram uma boa margem e as marcações entre os principais favoritos deixaram sair Tiesj Bennot (Lotto Soudal) e Peter Serry (Quick-Step).
Notava-se que Benoot estava muito forte e lançou-se ao ataque a cerca de 20 quilómetros do fim, deixando Serry para trás, precisando apenas de 4km para fechar a diferença de 40 segundos para o duo da frente. Numa das últimas subidas em sterrato, voltou ao ataque e deixou Bardet e Aert para trás, chegando à meta isolado, conquistando a sua primeira vitória como profissional, e que vitória! Bardet chegou a seguir e Aert fechou o pódio.
O único português em prova, José Gonçalves, chegou em 27º a 9:46’ do vencedor. Pela negativa, destacar os principais favoritos que continuam com a estratégia de não trabalhar quando Sagan está no grupo. Isso vai continuar a não resultar.
Já se fala desta corrida se tornar no 6º Monumento do ciclismo, qual é a vossa opinião?