A primeira etapa ficou marcada por uma queda no meio do pelotão que levou ao abandono de um dos favoritos, Richie Porte (Ineos – Grenadiers). O pelotão chegou compacto e no sprint final a vitória sorriu a Sam Bennett (Deceuninck – Quick Step), que bateu Arnaud Démare (FDJ) e Mads Pedersen (Trek – Segafredo), respectivamente.
O dia seguinte decorreu com muito nervosismo devido ao grande número de quedas, inclusive no quilómetro final onde Rui Costa (UAE – Team Emirates) ficou envolvido. Uma chegada técnica e caótica coroou Cees Bol (Team DSM), com Mads Pedersen (Trek – Segafredo) e Michael Matthews (Team BikeExchange), respectivamente. Michael Matthews (Team BikeExchange) ascendeu à liderança da geral.
O contra-relógio foi a oportunidade ideal para Stefan Bissergger (EF Education – Nippo) mostrar todo o seu talento no esforço individual. O jovem suíço foi mais veloz que Rémi Cavagna (Deceuninck – Quick Step) e Primož Roglič (Team Jumbo – Visma), respectivamente, ascendendo igualmente à liderança da geral classificativa.
Ao 4º dia as quedas voltaram à ordem do dia e, novamente a afectar a Ineos – Grenadiers. Desta feita foi Tao Geoghegan Hart a cair e abandonar. A 3 quilómetros do fim Primož Roglič arrancou para a vitória. Maximilian Schachmann (Bora – Hansgrohe), vencedor da edição passada, foi o melhor dos outros.
Com Roglič na liderança da geral, o pelotão compacto no dia seguinte, onde a vitória sorriu a Sam Bennett, depois de um trabalho irrepreensível da sua equipa. O irlandês bateu Nacer Bouhanni (Team Arkéa Samsic) e Pascal Ackermann (Bora – Hansgrohe), respectivamente.
O terreno irregular voltou à 6ª etapa, na jornada mais longa desta edição: 202 quilómetros entre Brignoles e Biot. Kenny Elissonde (Trek – Segafredo) foi o resistente da fuga inicial e teve a companhia de Jonas Rutsch (EF Education – Nippo) mas ambos seriam anulados à entrada do quilómetro final. Ao sprint em pelotão reduzido a vitória foi para Primož Roglič, batendo Christophe Laporte (Cofidis) e Michael Matthews (Team BikeExchange), respectivamente.
No penúltimo dia os ânimos aqueceram no pelotão. Gino Mäder (Bahrain – Victorious) seguiu na fuga inicial, foram todos anulados com excepção do jovem suíço. Contudo, sob a linha de meta, Primož Roglič não foi condescendente e arrancou para a vitória, tornando-se no primeiro atleta a vencer três etapas numa só edição da prova. Apesar do triunfo, muitas vozes levantaram-se contra a atitude do esloveno.
Na 8ª e última etapa da Paris-Nice, que parecia ser a etapa de consagração para Primož Roglič, esta tornou-se num inferno para o esloveno. O vencedor da Vuelta a España de 2020 e 2019 caiu não por uma, mas por duas vezes. E o pelotão, não esquecendo a atitude do ciclista no dia anterior, foi tudo menos complacente. Astana e Bora – Hansgrohe tomaram as rédeas do pelotão, impondo um ritmo elevadíssimo, deixando Roglič sem qualquer hipótese de voltar a integrá-lo. No final, Magnus Cort (EF Education – Nippo) bateu Cristophe Laporte (Cofidis). Na geral final a vitória sorriu a
Maximilian Schachmann revalidou, então, o título da edição passada, tornando-se no 10º ciclista a deter duas edições da Paris-Nice no seu palmarés. Aleksandr Vlasov e Ion Izagirre (Astana) conquistam o 2º e 3º lugar à geral, respectivamente. o cislista russo leva ainda a camisola da juventu e a Astana levou ainda para casa o prémio colectivo. Primož Roglič acabou a prova na 15ª posição, tendo como prémio de consolação a classificação da regularidade. Anthony Perez (Cofidis) venceu a camisola da montanha. Rui Costa passou ao lado desta edição, terminando na 55ª posição. Já Rui Oliveira (UAE Team Emirates) fechou em 95º lugar.