A história do Giro d´Italia teve ínicio no longínquo ano de 1909, quando o jornal desportivo, La Gazetta dello Sport, levou a cabo a iniciativa de replicar o Tour de France. Este foi um dos casos pioneiros de patrocínio no ciclismo, visto que a principal intenção passava por divulgar o jornal e aumentar as suas vendas. Esta ligação mantém-se até aos dias de hoje, sendo a camisola de líder da prova (rosa) motivada pela cor predilecta do jornal.

Luigi Ganna foi o vencedor da primeira edição.

Alfredo Binda foi o primeiro grande dominador da prova italiana, vencendo a mesma por 5 ocasiões (ainda hoje faz parte do lote de ciclistas com mais vitórias juntamente com Eddy Merckx e Fausto Coppi) entre 1925 e 1933. Venceu 41 etapas (apenas Mário Cipollini ganhou mais), sendo que 12 delas foram na mesma edição, em 1927.

Praticamente de seguida apareceram 2 ciclistas que representam, para muitos, a maior rivalidade de todos os tempos no mundo do ciclismo. Gino Bartali e Fausto Coppi rivalizaram desde o final da década de 30 até meados da década de 50. Foram 3 vitórias para Bartali e 5 para Coppi, sendo que a competição não se realizou entre 1941 e 1945 devido à 2ª Guerra Mundial, senão os números podiam ser outros.

Coppi e Bartali, uma rivalidade para a história.

Os anos 50 marcaram a internacionalização da prova. Em 1950, a prova foi vencida pela primeira vez por um não italiano. O suíço Hugo Koblet foi o autor dessa proeza.

O final da década de 60 marcou o inicio de uma nova rivalidade. Felice Gimondi e Eddy Merckx dividiram títulos no Giro até meados da década de 70, tendo vencido por 3 e 5 vezes, respectivamente.

Gimondi foi um dos poucos capazes de bater o “canibal” Merckx.

Bernard Hinault também venceu a competição por 3 vezes na década de 80, sendo que a partir daí ninguém voltou a conseguir vencer por mais que 2 vezes. Ainda assim são de destacar as vitórias de nomes míticos como Laurent Fignon, Miguel Indurain, Marco Pantani ou Alberto Contador.

Quando se fala em Giro, Pantani (vencedor em 1998) é um nome incontornável.

De Luigi Ganna a Alberto Contador muito ou quase tudo mudou (os caminhos em terra batida deram lugar ao asfalto, passou-se de 8 para 21 etapas, as imagens ganharam cor, entre outras mudanças) mas a ambição de vencer, o espectáculo e o desportivismo mantêm-se intactos desde o primeiro dia, fazendo do Giro d´Italia uma das mais bonitas festas do ciclismo.

El Pistolero também já escreveu história no Giro.

Dados de: Portuguese Cycling Magazine.

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