Texto original de Daniel Costa.

Oleg Tinkov, um russo rico, onde a única palavra que agrada a este homem é VITÓRIA. Tinkov, nascido a 25 de Dezembro de 1967, fazia a deslocação casa – escola de bicicleta. Ficou mundialmente conhecido por ter feito um negócio histórico, em 2005, ao ter vendido a sua cervejaria por quase 170 milhões de euros. Oleg montara o negócio 8 anos antes e colocou a cerveja russa numa qualidade nunca antes vista. O percurso foi marcado por acções de publicidade algo controversas. Este senhor tem desde 2012 um papel bastante activo a nível dos média do ciclismo, devido as polémicas e ideias para a modalidade, no mínimo duvidosas, que por isso chegam às bocas de tudo o mundo.

Comecemos então com a ideia de meter os espectadores das corridas a pagarem um certo valor para poderem assistir à prova. A ideia para muitos foi uma forma de matar o ciclismo, pois o ciclismo sempre foi uma modalidade para todos e, principalmente, para movimentar público, vilas, aldeias, paisagens nunca antes descobertas.Por outro lado, houve quem defendesse que a ideia podia tornar a modalidade com mais meios financeiros para melhorar as provas. Esta não foi a única polémica deste magnata russo. No fim de 2014 ofereceu uma elevadíssima quantia para juntar a nata dos ciclistas voltistas nas 3 grandes voltas. De ideia “louca” passou a desejável e por um triz não se sucedeu.

Os milhões de Tinkov trouxeram Peter Sagan em 2015 para a sua equipa.

Em 2015, a sua equipa esteve sobre pressão pela comunicação social dado o facto de que a equipa com super-estrelas como Alberto Contador e Peter Sagan não conseguia vitórias no início da época. Quem “pagou a factura” foi Bjarne Riis, director da equipa há largos anos. O senhor Tinkov despediu-o e nada se soube sobre a equipa até dia 1 de Abril, quando Oleg Tinkov anunciou Lance Armstrong como novo director desportivo da equipa, o que mostrou que queria ganhar a todo o custo. Tinkov foi acusado de “radioactivo” no ciclismo e defensor de doping para os ciclistas. Quem deve ter apanhado um grande susto foi Alberto Contador que sentiu o pesadelo do Tour de France do ano de 2009 tinha voltado, só reparando depois na data em que estavam…!

Lance Armstrong e Oleg Tinkov.

2016 é, por enquanto, o último capítulo de Oleg Tinkov no ciclismo. Peter Sagan foi o grande protagonista da equipa, pela positiva. O magnata russo vibrou com as vitórias do eslovaco na 78ª Gent – Wevelgem, no 100º Tour des Flandres, no Tour de France (3 vezes), G.P. de Quebec, Campeonatos Europeus de Fundo e a cereja no topo do bolo, os Campeonatos do Mundo de Fundo em Doha. Um ano repleto de feitos de Sagan que deixaria Tinkov extremamente contente… se não fosse o outro líder a decepcionar, no seu entender. Acerca de Alberto Contador, Tinkov arrasou o chefe-de-fila da sua equipa. “Ou caía, ou estava doente, ou abandonava” foram as palavras do russo acerca da época de 2016 do espanhol. Acrescentou ainda “Devia-se retirar, não vence o Tour novamente”. Tenha razão ou não, esta é a postura a que Tinkov que nos habituou: frontal e objectivo.

Peter Sagan e Oleg Tinkov após o eslovaco conquistar a camisola amarela no Tour pela 1ª vez na carreira.

A verdade é que gostando deste senhor ou não, Oleg Tinkov faz falta ao ciclismo começando pelos meios financeiros, pelas ideias e terminando nas risadas que todos nós já demos à custas das suas ideias malucas. O seu nome ficará gravado nas nossas memórias. Obrigado, Oleg!

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