Peter Sagan nasceu a 26 de Janeiro de 1990 e desde cedo mostrou todo o seu potencial. Em 2008, no escalão de júnior, ganhou o Campeonato do Mundo de Mountain-Bike e conquistou a medalha de bronze quer no Campeonato de Mundo Júnior de Cyclocross, quer na Paris-Roubaix.
Em 2010 assinou o seu primeiro contrato profissional, pela Liquigas – Doimo. Obteve a sua primeira vitória à 3ª etapa da Paris-Nice e repetiu o feito ao quinto dia. Venceu uma etapa no Tour de Romandie e outra no Amgen Tour of California. Terminou o ano com a prata no GP de Montréal.
Peter Sagan fez a sua primeira aparência em Grandes Voltas na Vuelta a España de 2011. Chegou à prova espanhola com nove vitórias de etapa e duas classificações gerais no bolso. Na Vuelta conquistou três etapas, confirmando as expectativas de que era, sem dúvida, um dos melhores talentos que estava a surgir no mundo do ciclismo. Em 2012, estreou-se no Tour de France, somando, até então, 13 vitórias. No Tour conquistou três etapas e a Camisola Verde.
No ano seguinte, apesar de não lhe ter sorrido a vitória na Strade Bianche nem na E3 Harelbeke, Peter Sagan conseguiu chegar ao triunfo na Gent-Wevelgem. No Tour de France juntou mais uma Camisola Verde e somou uma vitória em etapa depois de bater na trave várias vezes com vários segundos lugares. A época de 2013, a mais vitoriosa da sua carreira, terminou com vitórias no USA Pro Challenge e no Tour de Alberta, arrecadando ainda o triunfo no GP de Montréal. Foram, ao longo do ano, 22 vitórias.
Na época de 2014, mais uma vez, ficou muito perto da vitória na Strade Bianche, alcançando o segundo lugar. Venceu a E3 Harelbeke e, apesar de ter ido ao Tour de France, não foi além de uma mão cheia de pódios em etapas e da vitória na Camisola dos Pontos.
Peter Sagan apareceu renovado no ano de 2015, com a sua nova equipa, a Tinkoff Saxo. A ambição de vencer era maior do que nunca mas as vitórias demoraram a aparecer. A sua primeira vitória surgiu apenas no Tirreno-Adriatico. Sem vencer nenhuma etapa conquistou pela 4ª vez consecutiva a Camisola Verde no Tour de France. Fechou o ano da melhor maneira. Depois de uma vitória na Vuelta a España foi Campeão do Mundo de fundo nos Estados Unidos da América.
2016 foi a continuação de 2015. O eslovaco fechou em 4º a Strade Bianche, em 2º o Tirreno-Adriatico (levando a Camisola Verde para casa), em 12º na Milano-Sanremo (que não discutiu devido a uma queda no quilómetro final) e fechou a primeira parte da época com um 2º lugar na E3 Harelbeke. Venceu a 78ª Gent–Wevelgem, o 100º Tour des Flandres (onde bateu Spartacus), fechou em 11º a Paris-Roubaix (onde fica na memória a forma espectacular como escapou à queda de Fabian Cancellara). Festejou a 5ª Camisola Verde consecutiva no Tour de France, vencendo três etapas. Na última parte da época venceu o GP de Quebec, fechou em 2º o GP de Montréal, conquistou o Campeonato Europeu de fundo e o Campeonato Mundial de fundo (pelo segundo ano consecutivo, tornando-se o 5º ciclista a fazer tal proeza).
O ano de 2017 foi agridoce para o eslovaco. Com as cores da Bora – Hansgrohe venceu a Kuurne – Brussel – Kuurne e fechou em 2º na Milano-Sanremo. Passou ao lado das clássica do pavé e, após uma boa preparação para o Tour de France, acabou desqualificado ao 4º dia da prova, após (supostamente) ter provocado um acidente com Mark Cavendish. Mais tarde, as imagens comprovaram o contrário. Peter Sagan regressou mais forte e venceu o GP de Québec (100º vitória da carreira enquanto profissional) e em Bergen, somou o seu 3º título Mundial consecutivo.
2018 começou da melhor maneira possível: vencendo. Fê-lo ao quarto dia do Santos Tour Down Under onde venceu ainda a Classificação por Pontos. Depois da Austrália seguiu para Itália onde fez top-10 na Strade Bianche. Ainda em Itália fechou em 6º a Milano-Sanremo. Conquistou a Gent-Welvelgem e a Paris–Roubaix, terminando ainda em 4º a Amstel Gold Race. Sagrado Campeão Nacional eslovaco de fundo (pela 6ª vez) ingressou no Tour de France onde amealhou três etapas e mais uma Classificação por Pontos. Na Vuelta a España perdeu a Camisola da Regularidade para Alejandro Valverde.
Em 2019 Peter Sagan voltou a ganhar no Santos Tour Down Under, desta feita ao terceiro dia. Nas clássicas fica-se por um 4º lugar na Milano-Sanremo e um 5º na Paris–Roubaix. Apesar de menos fulguroso conquistou a 7ª Camisola por Pontos no Tour de France, levando ainda para casa uma vitória de etapa. Finalizou a temporada com um 2º lugar no GP de Québec, ficando apenas em 5º na prova de fundo dos Campeonatos do Mundo. O pouco fulgor assentou-se em 2020. Falhou os objectivos habituais no Tour de France, conquistando a única vitória da temporada ao 10º dia de Giro d’Italia. Apesar de ter sido uma vitória de se lhe tirar o chapéu, a pobreza da temporada não foi totalmente apagada.
2021 foi outro ano amargo na carreira do eslovaco. Esteve na discussão da Milano-Sanremo e dias depois venceu a 6ª etapa da centenária Volta Ciclista a Catalunya. ‘Picou o pont’ no Tour de Romandie, antes de regressar ao Giro d’Italia onde bateu toda a concorrência ao 10º dia e levou para casa a camisola da regularidade. No Tour de France ficou longe de brilhar, abandonando à entrada do 12º dia devido a uma infecção contraída num corte profundo no joelho que este sofreu na 3ª etapa. Voltou a sorrir em casa, no Tour de Slovaquie, onde conquistou a classificação geral e a camisola da regularidade, mesmo tendo sido batido nas quatro chegadas ao sprint. No final da temporada o ciclista anunciou a sua saída da Bora – Hansgrohe para se juntar à TotalEnergies, equipa do segundo escalão, levando consigo parte do seu staff técnico e ainda os seus fiéis escudeiros na estrada: Maciej Bodnar, Daniel Oss e o seu irmão, Juraj Sagan.