Ruben António Almeida Guerreiro nasceu a 6 de Julho de 1994 em Pegões, Montijo.
Chegou ao ciclismo pela mão de Carlos Reis que viu nele um potencial fora do comum. “Andava atrás de atletas de BTT e o Ruben aceitou vir para a Escola Ciclismo Mato-Cheirinhos correr o seu primeiro ano de juniores. Não fez o calendário todo, alternou entre as duas vertentes. Mas num estágio na Serra de Sintra mandei o António Pereira Barbio e o João Leal atacarem e ele respondeu. Percebi de imediato que estava perante um atleta com potencial acima do normal.”

O título de Campeão Nacional de juniores no ano seguinte não foi, portanto, uma surpresa mas sim uma conformação. Em 2013 seguiu o seu caminho para Santa Maria da Feira e no ano seguinte conquistou a Volta a Portugal do futuro.

Seguiu-se a Hagens Berman Axeon Cycling Team. Apresenta resultados regulares ao longo dos dois anos na equipa norte-americana. No entanto, o único triunfo nesse biénio acaba por ser ao serviço da Selecção Nacional no GP Palio del Reciotoe. Em 2017 dá o salto para o World Tour com a Trek – Segafredo, um período onde as lesões não lhe permitiram demonstrar todo o seu potencial. José Azevedo, acreditando no seu compatriota, contrata-o para a Katusha Cycling em 2019 e o ciclista estreou-se em Grandes Voltas. Terminou na 17ª posição a 74ª Vuelta a España, tendo ficado em 2º na etapa 15.

Depois do bom resultado obtido na sua primeira Grande Volta o ciclista português investiu nas suas qualidades de trepador e ingressou na EF Pro Cycling em 2020. Brilhou no 103º Giro d’Italia, onde conquistou a etapa 9 e venceu a camisola da montanha, um feito inédito para Portugal. No ano seguinte voltou à prova italiana mas uma queda colectiva ainda em zona neutra retirou-se de prova ao 15º dia. Regressou à competição estrando-se no Tour de France, prova que terminou no 18º lugar. Terminou a temporada participando nos históricos troféus italianos, de onde se destaca o 10º lugar na Coppa Sabatini.

Começou a temporada de 2022 no UAE Tour, terminando a etapa-rainha a três segundos de Tadej Pogačar (UAE Team Emirates), que acabou por conquistar a prova. Prosseguiu a temporada na Itzulia Basque Country, disputando a 4ª etapa com aquele se tornaria vencedor da prova espanhola, Daniel Martínez (Ineos Grenadiers). Terminou no 7º lugar a La Flèche Wallone e mostrou-se em excelente forma num Critérium du Dauphiné que terminou no 9º lugar. Tal facto foi corroborado dias depois ao conquistar a 4ª edição da Mont Ventoux Dénivelé Challenge com cerca de um minuto de vantagem sob o 2º classificado, o seu colega de equipa Esteban Chaves. Continuou em França mas a participação no 109º Tour de France terminou ao testar positivo para o vírus covid-19. O final de temporada foi interessante com a conquista da camisola da regularidade na Vuelta a Burgos e o 3º lugar no pódio final do Deutschland Tour.

Para 2023 estava reservada uma mudança de equipa. Ruben Guerreiro assinou com a Movistar com o intuito de substituir o histórico Alejandro Valverde. A estreia com as cores da equipa espanhola não podia ter corrido da melhor maneira visto que o Cowboy de Pegões venceu a etapa-rainha e a classificação geral final do 3º Saudi Tour.
