Samuel Sánchez Gonzalez, internacionalmente conhecido por “o medalha olímpica”, nasceu a 5 de Fevereiro de 1978 em Oviedo. Foi ciclista profissional entre 2000 e 2017.
Desde de pequeno vingavam as primeiras pedaladas, depois da separação dos seus pais, este ficou sobre a guarda da sua mãe, que na altura incentivou-o a inscrever-se numa equipa amadora de ciclismo, o Club Ciclista Colloto, dirigida por José Manuel Fuentes, obtendo o seu primeiro triunfo numa etapa, ao serviço da mesma. Em 1996, evidenciaram-se os primeiros passos da sua carreira ciclística a descobrimento de Mikel Madariaga, filho do presidente da Fundação Euskadi. O ciclista asturiano foi aceite pelo presidente e iniciou-se um trabalho intenso e de desenvolvimento do mesmo até 1999.
Em 2000 o ciclista ascendeu à equipa profissional da Fundação Euskadi, porém, no mesmo ano faleceu o pai e Sánchez sofreu uma trágica lesão que afastou-o da restante temporada. Voltou em 2002, fechando em 4º a Volta ao Algarve e participando no seu 1º Tour de France. Em 2003, fechou o pódio da Vuelta al País Basco (onde havia sido 10º no ano anterior) e finalizou em 6º a Liège-Bastogne–Liège. Obteve a sua primeira vitória em 2004, na Escalada a Montjuic, vencendo a prova novamente no ano seguinte. Antes disso finalizara em 15º a sua primeira participação na Vuelta a España.
No ano de 2005 participou pela 1ª vez no Giro d’Italia onde finalizou em 17º e ganhou ao 12º dia da Vuelta a España, fechando em 11º a prova. No ano seguinte repetiu a vitória em território espanhol e fechou o ano a perder o 100º Giro di Lombardia para Paolo Bettini. Em 2007, fechou o pódio da Vuelta Ciclista al País Basco e da Vuelta a España, vencendo 3 etapas na Vuelta.
Em 2008 alcançou o grande resultado pelo qual é conhecido hoje em dia, conquistando a Medalha de Ouro na disciplina de Ciclismo de Estrada dos Jogos Olímpicos de Pequim, depois de fechar em 6º o Tour de France. Na ressaca da grande conquista, fechou novamente o pódio da Vuelta Ciclista al País Basco, é 4º na La Flèche Wallonne, finaliza em 2º a Vuelta a España, terminando o ano com um 4º lugar nos Campeonatos do Mundo em Estrada e perdendo para Philippe Gilbert o Giro di Lombardia.
A carreira de Samuel Sánchez foi marcada por uma regularidade impressionante. No ano de 2010 voltou a estar frequentemente entre os melhores, com especial destaques para o 5º lugar da Volta ao Algarve (nas primeiras pedaladas do ano), para o 4º lugar na Paris-Nice, para o 7º na Vuelta Ciclista al País Basco, para o 2º lugar no Tour de France e para o fechar de temporada com a vitória na Vuelta a Burgos e dois 6º lugares, no GP de Montréal e no Giro di Lombardia. O ano de 2011 foi marcado por um começo forte de Sanchez. Fez 9º na Vuelta a Andalucía Ruta ciclista del Sol, 5º na Paris-Nice, venceu o Gran Premio Miguel Indurain, fechou em 6º a Vuelta Ciclista al Pais Vasco, completou o pódio da La Flèche Wallonne e o top-10 da Liège-Bastogne-Liège. Consagrou-se o Rei da Montanha no Tour de France, vencendo uma etapa e fechando 5º à geral.
A vitória na Vuelta Ciclista al País Basco sucede-se apenas em 2012, num ano em que o espanhol finaliza em 7º Amstel Gold Race e a Liège-Bastogne-Liège, perde novamente em Lombardia e não participa em nenhuma das Grandes Voltas. Regressa aos grandes palcos no ano seguinte, fechando em 11º o Giro d’Italia e em 8º a Vuelta a España, vencendo pelo meio uma etapa no Critérium du Dauphiné, onde fechou em 9º.
Em 2014 sucede-se o desaparecimento da Euskatel Euskadi por dificuldades financeiras e Samuel Sánchez ficou sem equipa, numa altura em que todas as grandes formações já tinham os plantéis fechados. Porém, surgiu a oportunidade deste ingressar na BMC. Já ao serviço da equipa norte-americana finalizou em 6º a Vuelta a España, depois dum Giro d’Italia onde não foi além de 24º. Em 2015 foi um ano sem vitórias, porém ajudou a Philliphe Gilbert a vencer a Amstel Gold Race. Fechou em 12º o Tour de France e abandonou ao 14º dia da Vuelta.
Começa 2016 a vencer na Vuelta Ciclista al País Basco, onde terminou em 6º. Esta seria a sua última vitória enquanto profissional. Terminou em 6º a La Flèche Wallonne, em 4º Liège-Bastogne-Liège, em 6º o Amgen Tour of California e quando se preparava para um grande resultado na Vuelta a España, uma queda no finalizar do contra-relógio tirou-o da prova. Samuel Sánchez quis vingar-se de tal desfecho e marcou o fim de carreira para a edição do ano seguinte da Vuelta, focando toda a sua temporada para tal. Um caso estranho de doping retirou-lhe essa possibilidade, bem como, fê-lo encerrar a carreira duma forma cinzenta. Uma carreira marcada por uma regularidade impressionante, 30 vitórias, 6 das quais durante as 19 participações em Grandes Voltas.