21 etapas, 2 dias de descanso, 3351 quilómetros, 579 cidades, 27 subidas, 2000 jornalistas, 176 corredores. Assim se resumia em números a 105ª edição do Tour de France à partida.

O público saiu à rua para ver o pelotão passar.

Ao 1º dia, 3 franceses em fuga e um sprint que sorriu a Fernando Gaviria (Quick – Step Floors) que assim se tornou o 1º líder da edição. O colombiano voltaria a vencer ao 4º dia, depois de Peter Sagan (Bora – Hansgrohe) e BMC Racing Team obterem triunfos nos dias anteriores. A camisola amarela estava na pose de Greg van Avermaet (BMC Racing Team) depois da sua equipa vencer colectivamente no esforço individual.

Fernando Gaviria chegou, viu e venceu.

Peter Sagan voltou a vencer ao 5º dia, e no Mur de Bretagne, Dan Martin (UAE Team Emirates) venceu isoladamente, repetindo a vitória de 2013. Na etapa mais longa da 105ª edição, Dylan Groenewegen (Team LottoNL – Jumbo) bateu Gaviria ao sprint. O holandês repetiu o triunfo no dia seguinte, numa jornada onde o homem da Quick Step e André Greipel (Lotto – Soudal) foram desclassificados após terem-se envolvido em agressões nos metros finais.

Dan Martin voltou aos grandes palcos.

Ao 9º dia, Paris-Roubaix veio ao Tour: 14% da jornada feita em pavé, num total de 21 quilómetros. As quedas marcaram a jornada com nomes como Dylan Groenewegen, Tejay van Garderen (BMC Racing Team), Romain Bardet (AG2R La Mondiale), Chris Froome (Team Sky), Richie Porte (BMC Racing Team) a irem ao chão. O australiano abandonou mesmo a prova. Yves Lampaert (Quick – Step Floors), Greg van Avermaet e John Degenkolb (Trek – Segafredo) isolaram-se, com a vitória a sorrir a este último.

A imagem fala por si.

Com Greg van Avermaet na liderança, o Tour partir para o 1º dia nos Alpes. O líder colocou-se na fuga do dia e assim preservou, de forma impensável, a camisola amarela. Julian Alaphilippe (Quick Step – Floors) venceu e somou pontos importantes para a Camisola das Bolinhas, enquanto Sagan fez o mesmo mas para a camisola verde (também ele integrou a fuga do dia). No dia a seguir, Avermaet perdeu a liderança para Geraint Thomas (Team Sky) que venceu a etapa após a táctica da Movistar falhar redondamente (Alejandro Valverde colocou-se cedo na frente mas Nairo Quintana fora incapaz de fazer a ponte). Tom Dumoulin (Team Sunweb) e Chris Froome completaram o pódio da jornada, respectivamente. No último dia nos Alpes, Geraint Thomas voltou a vencer, reforçando a liderança. O galês venceu em grupo restrito, com Nairo Quintana a ceder novamente tempo, num dia em que Steven Kruijswijk (Team LottoNL – Jumbo) atacou de muito longe, oriundo da fuga, sendo anulado perto do final.

Greg van Avermaet na fuga do dia, vestido de amarelo.

A ligação entre Bourg d’Oisans e Valence ao 13º dia marcou o regresso às chegadas ao sprint. Com nomes como André Greipel, Fernando Gaviria, Dylan Groenewegen, Marcel Kittel (Team Katusha – Alpecin), Mark Cavendish (Dimension Data) a estarem já fora da corrida após chegarem fora do controlo, coube à FDJ impor o ritmo nos metros finais. Quando tudo aparecia apontar para a vitória de Arnaud Démare, Peter Sagan saiu de trás do francês e somou o 3º triunfo na edição. O triunfo do francês surgiria ao 18º dia depois de 4 jornadas onde o pelotão permitiu as fugas vingaram, não se formando diferenças substanciais entre os demais favoritos.

5 camisolas verdes e Peter Sagan a caminho da 6ª.

Primož Roglič (LottoNL – Jumbo) venceu a 19ª etapa, subindo ao 3º lugar na última em território montanhoso. Nairo Quintana e Peter Sagan sofreram bastante derivado a quedas nos dias anteriores e Froome fora “rebocado” pelo colega Egan Bernal. O inglês quatro vezes vencedor da prova recuperou o seu lugar no pódio no contra-relógio individual, ao ficar apenas a 1 segundo do vencedor Tom Dumoulin (Team SunWeb). Geraint Thomas sentenciou o 1º lugar.

Quando poucos esperavam, Chris Froome fez uma exibição irrepreensível.

Na chegada aos Campos Elísios, Alexander Kristoff (Team Katusha) voltou a vencer na prova francesa, 4 anos depois. Sylvain Chavanel (Direct Energie) despediu-se da prova com a sua 18ª participação consecutiva, terminando por 16 vezes, num total de 368 etapas finalizadas, sendo o recordista absoluto. Peter Sagan conquistou a sua 6ª Camisola Verde, Julian Alaphilippe foi o Rei da Montanha, Pierre Latour (AG2R La Mondiale) o melhor jovem e Dan Martin o mais combativo, Movistar a melhor equipa.

Chavanel, Latour, Alaphilippe, Thomas e Sagan, quinteto de luxo!

145 ciclistas terminaram esta edição, sendo Lawson Craddock (Team EF Education) o lanterna vermelha da prova e um herói simultaneamente. Craddock caiu logo na 1ª etapa e fracturou o omoplata. Depois da queda, e para ter mais um motivo para continuar, criou um fundo de recolha de donativos. Por cada etapa que completasse doaria $100 e convidava todos a doarem para ajudar a reconstrução do velódromo local, em Houston, que foi destruído pelo Furacão Harvey em Agosto do último ano. No total, foram amealhados mais de $238.000 (mais de 203 mil euros).

Craddock no final da 1ª jornada.

No Jogo das Apostas, Olivier Bonamici foi novamente o lanterna vermelha, em novo triunfo de Paulo Martins. O ex-ciclista apostou apenas em 13 ciclistas e obteve 6 apostas certeiras, 3 das quais consecutivas.

Classificação do Jogo das Apostas.

O top-15 da classificação geral ficou disposta desta forma:

 

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