A chuva marcou o início de mais uma edição do Monumento mais antigo do World Tour. A fuga do dia foi constituída por Iñigo Elosegui (Movistar Team), Kobe Goossens (Lotto Soudal), Michael Schär (CCC), Kenny Molly e Mathijs Paasschens (Bingoal – Wallonie Bruxelles), Omer Goldstein (Israel Start – Up Nation), Valentin Ferron e Paul Ourselin (Team Total Direct Energie) e Gino Mäder (NTT Pro Cycling).

A fuga do dia.

No pelotão, a Deceuninck – Quick Step, a Ineos Grenadiers e a Trek – Segafredo controlaram e perseguiram a fuga. A 97 quilómetros para o final a corrida começou a ditar a sua sentença, com o abandono do campeão olímpico Greg van Avermaet (CCC) e de Adam Yates (Mitchelton – Scott).

A fuga seria alcançada a 36 quilómetros para a chegada, começando o ritmo a aumentar no pelotão. A Deceuninck – Quick Step endureceu a corrida até à Côte de la Roche-aux-Faucons, onde o ciclista neerlandês da Jumbo – Visma, Tom Dumoulin, impôs um rimo impressionante na subida. Quase a terminar a curta, mas inclinada subida, o recém-campeão do mundo, Julian Alaphilippe (Deceuninck – Quick Step) lançou-se ao ataque, seguido por Marc Hirschi (Team Sunweb), Tadej Pogačar (UAE – Team Emirates), Michał Kwiatkowski (Ineos Grenadiers) e Primož Roglič (Team Jumbo – Visma). No último topo da corrida, Hirschi acelerou, tendo Kwiatkowski sentindo dificuldades em seguir ao ritmo do quarteto.

O quarteto resultante das movimentações.

A 20 segundos seguia um grupo perseguidor, encabeçado por Mathieu van der Poel (Alpecin – Fenix). Os quatro ciclistas entraram no último quilómetro e, na recta na meta, Matej Mohorič (Bahrain – Mclaren), vindo do referido grupo perseguidor, passou directo pelo grupo, tentando surpreender o quarteto.

Julian Alaphilippe colou-se na roda do esloveno e a cerca de 200 metros lançou o seu sprint. Marc Hirschi respondeu, lançando o sprint do lado esquerdo do francês, e este sentindo a sua aproximação, desviou a trajectória do sprint, impedindo Hirschi de prosseguir, sendo este obrigado a deixar de pedalar e travar, prejudicando, também, Pogačar que seguia na sua roda.

Alaphilippe levantou os braços mas a surpresa aconteceu! Do lado direito da estrada, passando despercebido, Primož Roglič lançou a bicicleta, aproveitando a celebração antecipada do francês para conquistar o seu primeiro Monumento da carreira.

Edição decidida, primeiramente, no photo finish.

Alaphilippe foi posteriormente penalizado e repescado para último do grupo onde estava inserido. Assim, Hirschi e Pogačar, outros dois grandes protagonistas do 107º Tour de France, completaram o pódio, respectivamente. O único português em prova foi Rui Costa (UAE – Team Emirates), terminando em 40º.

Top-10 final da 106ª edição.

Texto de Diogo Fonseca.

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