Serguey Chernetski (Gazprom – RusVelo), Thomasz Marczynski (Lotto Soudal), Aaron van Poucke (Sport Vlaanderen – Baloise), Laurens Huys e Mathijs Paasschens (Bingoal – Wallonie Bruxelles) e Loic Vliegen e Lorenzo Rota (Intermaché – Wanty), protagonizaram a fuga do dia.
A corrida manteve-se estável com a Jumbo-Visma e a Deceuninck – Quick Step a controlarem os acontecimentos. A agitação começou aos 90 quilómetros para o fim, com as equipas a procurarem o melhor posicionamento possível. A movimentação do pelotão tirou tempo à fuga, contudo as várias movimentações foram sistematicamente anuladas pela Deceuninck, que não deixou sair ninguém.
A 30 quilómetros do fim a Ineos Granadiers assumiu a liderança do pelotão com quatro homens na frente. Esta mexida fez com que o pelotão se partisse. Todos os favoritos seguiam nesse pequeno grupo com a excepção de Primož Roglič (Tem Jumbo – Visma) e Julian Alaphilippe (Ineos Grenadiers) que não conseguiram acompanhar os homens da Ineos.
A Astana e Deceuninck trabalharam em conjunto para fechar o espaço, com êxito. Foi então que Richard Carapaz (Ineos Granadiers) saltou do grupo para iniciar um esforço solitário, sem grande sucesso. O equatoriano veio mesmo a ser desqualificado a posterior por ter utilizado a posição de ‘super tuck’ na sua bicicleta, ela que é proibida com a nova regulamentação da UCVI que vigora desde 1 de Abril.
Ao fim de 250 quilómetros o grupo de favoritos chegou a Roche-aux-Faucons, com Alaphilppe, Michael Woods (Israel StartUp Nation), o aniversariante Alejandro Valverde (Movistar Team), Tadej Pogačar (UAE Team Emirates) e David Gaudu (FDJ) a destacarem-se.
À entrada do último quilómetro as movimentações tácticas dos ciclistas fizeram com que Valverde ficasse na frente do pequeno grupo à entrada da recta para a meta, posição que ninguém quer numa chegada em grupo reduzido. No sprint final Tadej Pogačar beneficiou de ter o vento a seu favor para bater Alaphilippe e Gaudu, respectivamente. O esloveno tornou-se no vencedor mais jovem deste Monumento depois de Bernard Hinault que em 1980 fora o último detentor do Tour de France a conquistá-la. Pogačar é apenas o quarto a fazê-lo, juntando-se a Hinault, Ferdi Kubler (1951) e Eddy Merckx (1971, 1972, 1973, 1975).
Relativamente aos portugueses, Rui Costa (UAE Team Emirates) terminou na 63ª posição e João Almeida (Deceuninck – Quick Step) na 65ª.