A 15ª edição da Strade Bianche decorreu, como habitualmente, na região de Siena, com uma extensão total de 184 quilómetros. Philipp Walsleben (Alpecin – Fenix), Kévin Ledanois (Arkéa – Samsic), Simone Bevilacqua (Vini Zabù), Simone Petilli (Intermarché – Wanty – Gobert), Samuele Zoccarato (Bardiani – CSF), Tosh van der Sande (Lotto Soudal), Samuele Rivi (Eolo – Kometa) e Filippo Tagliani (Androni – Sidermec) formaram a fuga do dia, num pelotão controlado desde cedo pela Jumbo – Visma.
A 60 quilómetros do fim Julian Alaphilippe (Deceunink – Quick Step), endiabrado, atacou o pelotão que já estava, naturalmente reduzido. Dessa movimentação resultou um grupo com o Campeão do Mundo francês, Mathieu van der Poel (Alpecin – Fenix), Wout van Aert (Jumbo – Visma), Egan Bernal e Thomas Pidcock (Ineos Grenadiers), Tadej Pogačar (UAE – Team Emirates) e Michael Gogl (Team Qhubeka Assos). Para trás ficavam nomes como Jakob Fuglsang (Astana), Pello Bilbao (Bahrain – Victorious) ou Tim Wellens (Lotto Soudal).
A 23 quilómetros do fim Alaphilippe atacou novamente, com Wout van Aert e Pidcock a darem sinais de fraqueza. Dez quilómetros depois Mathieu van der Poel, em piso de terra e a subir, fez um arranque explosivo. Alaphilippe e Bernal foram os únicos a resistirem ao poderio neerlandês. Os três seguiram juntos até à última subida. A meio da subida para a Piazza del Campo Poel usou todo o seu poder explosivo e arrancou para a vitória.
Mathieu van der Poel tornou-se o primeiro neerlandês a vencer a prova em elites masculinos. Chegou à meta a gerar 1004 watts, um valor impressionante para quem estava em esforço contínuo à praticamente cinco horas. Alaphilippe e Bernal completaram o pódio, respectivamente. João Almeida (Deceuninck – Quick Step) foi o melhor português, terminando em 37º lugar, André Carvalho (Team Cofidis) finalizou em 87º, sendo que Daniel Viegas (Eolo – Kometa) não terminou a prova.