As Clássicas das Ardenas iniciaram-se uma semana mais cedo do que o habitual. A Amstel Gold Race ‘trocou’ excepcionalmente a sua posição no calendário com a Paris-Roubaix devido à data do Monumento francês coincidir com a primeira volta das eleições presidenciais de França.
As mulheres foram as primeiras a partir para um percurso de 128,5 quilómetros com 19 dificuldades categorizadas, entre as quais quatro passagens pelo Cauberg. As favoritas procuraram fazer diferenças para o pelotão mas este viria a chegar compacto para a última travessia pelo Cauberg. Annemiek van Vleuten (Movistar Team) abriu as hostilidades e Marta Cavalli (FDJ) respondeu, não mais sendo alcançada. Demi Vollering (Team SD Worx) e Liane Lippert (Team DSM) completaram o pódio, respectivamente.
Seguiram-se os homens, num percurso com 254,1 quilómetros e 33 dificuldades categorizadas, incluindo duas passagens pelo Cauberg. À partida estavam seis ex-vencedores, detentores de 10 das últimas 11 edições da prova, quatro deles enquanto ciclistas (Philippe Gilbert – vencedor das edições de 2010, 2011 e 2017, Michał Kwiatkowski – vencedor da edição de 2015, Michael Valgren – vencedor da prova em 2018 e Mathieu van der Poel – vencedor da prova em 2019) e dois deles (agora) enquanto directores desportivos (Enrico Gasparotto – vencedor das edições de 2012 e 2016 e Roman Kreuziger – vencedor da prova em 2013).
Ide Schelling (Bora-Hansgrohe), Johan Jacobs (Movistar), Emils Liepins (Trek – Segafredo), Aaron van Poucke (Sport Vlaanderen-Baloise), Owain Doull (EF) e Luca Rastelli (Bardiani) formaram a fuga do dia inicial, aos quais se juntaram Victor Campaerts (Lotto Soudal), Nathan van Hooydonck (Team Jumbo – Visma) numa fase já mais adiantada da corrida e já depois de Rastelli ter ficado para trás.
A Ineos Grenadiers assumiu as rédeas do pelotão a 50 quilómetros da meta, endurecendo a corrida e encurtando o pelotão. Na passagem pelo Keutenberg o pelotão fraccionou-se, formando-se um grupo de dez favoritos na frente da corrida. A cerca de 20 quilómetros do fim Thomas Pidcock (Ineos Grenadiers) acelerou no grupo de favoritos, ao que se seguiu o ataque do seu colega de equipa, Michał Kwiatkowski. Benoît Cosnefroy (AG2R) foi o único a procurar seguir o polaco. O duo distanciou-se e Mathieu van der Poel (Alpecin – Fenix) procurou alcançá-los, numa repetição do que fizera em 2019. Mas era tarde demais.
Cosnefroy abriu o sprint e Kwiatkowski respondeu e, após algum suspense, Kwiatkowski foi declarado vencedor, contra todas as expectativas criadas a ‘olho nu’. Tiesj Benoot (Team Jumbo – Visma) completou o pódio de uma edição que viu Ivo Oliveira (UAE Team Emirates) abandonar.