Pela primeira vez na sua carreira, Chris Froome (Sky) subiu ao lugar mais alto do pódio em Madrid. Depois de ter feito 2º lugar em 2011, 2014 e 2016, foi a vez do britânico sorrir e levar a camisola vermelha de Líder da Volta a Espanha para casa. Froome conseguiu conquistar o Tour e outra grande volta no mesmo ano, algo que não era feito desde que Marco Pantani em 1998 com a dobradinha Giro-Tour. O britânico é também o primeiro a fazer a dobradinha Tour-Vuelta desde que a Volta a Espanha se realiza neste calendário. Nos outros lugares do pódio ficaram Vincenzo Nibali (Bahrain-Merida) e Ilnur Zakarin (Katusha).

Chris Froome fez história.

No que toca às outras camisolas, Chris Froome sprintou na última etapa e garantiu a camisola verde dos Pontos, algo que fez lembrar os tempos do ‘Canibal’ Eddie Merckx, batendo Matteo Trentin (Etixx – Quick Step) por apenas 2 pontos. O britânico garantiu assim a camisola do Combinado. No que toca à distinção de Rei da Montanha, Davide Villella (Cannondale) lutou desde a primeira semana para conquistar a camisola das bolinhas e, com todo o mérito, conseguiu enverga-la até Madrid.

Davide Villella vendo o seu esforço recompensado.

Na luta pela classificação geral, nunca houve muitas dúvidas desde o início sobre quem era o alvo mais forte a bater. Chris Froome estava em grande forma e desde cedo começou a ganhar tempo a toda a gente, tendo mesmo ganho a 9ª etapa. Caiu 2 vezes em 500 metros na 12ª etapa mas perdeu apenas 15 segundos para os demais. Conseguiu controlar bem a sua vantagem até que deu praticamente a machadada final na oposição à etapa 16, quando deixou toda a gente a mais de 30 segundos de distância no esforço individual.

Froome à chegada da etapa 9.

Nos sprints houve um grande dominador – Matteo Trentin. O italiano venceu 4 etapas, não tendo dado qualquer hipótese aos seus adversários. Uma das vitórias até foi numa etapa de montanha, inserido numa fuga. Uma das belas surpresas da prova.

Trentin conquistou a chegada a Madrid, a sua 4ª vitória nesta edição.

Ao contrário do Tour, foi uma corrida muito propícia a fugas. Houve 10 fugas que vingaram, e os vencedores foram diversos entre Thomas de Gendt (Lotto Soudal) e Julian Alaphilippe (Etixx – Quick Step). O jovem Miguel Angél Lopez (Astana) surpreendeu ao mostrar estar num nível superior a toda a gente na última semana, onde conseguiu conquistar duas etapas e chegar ao 8º lugar da geral.

Vemos muitas vezes De Gent fugido mas raras vezes tal esforço é premiado.

De realçar também as prestações do contingente português presente nesta Vuelta. Rui Costa (UAE Team Emirates), Nelson Oliveira (Movistar Team) estiveram perto da vitória em etapa, Ricardo Vilela (Manzana Postobon) e Rafael Reis (Caja – Rural) tentaram a sua sorte em várias ocasiões, enquanto José Gonçalves (Team Katusha) não conseguiu terminar a prova. Última nota para Adam Hansen (Lotto – Soudal) que finalizou a sua 19ª Grande Volta de forma consecutiva.

Top-10 final.

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