A 75ª edição da Dwars Door Vlaanderen apresentou-se, como tantas outras vezes, como um último teste antes do Tour des Flandres. Com um pelotão de luxo e um espectador luxuoso a acompanhar a prova a partir do sofá de sua casa: Wout van Aert (Team Jumbo – Visma).
Ethan Hayter (Ineos Grenadiers), Jelle Wallays (Cofidis) – vencedor da prova em 2015 – e Florian Vermeersch (Lotto Soudal) tentaram fugir do pelotão já a meio da clássica mas foi uma tentativa fugaz. Stefan Küng (FDJ) aumentou o ritmo no pelotão, começando a diminuir a extensão do mesmo. Alexander Kristoff (UAE Team Emirates), Nils Politt (Bora – Hansgrohe), Stan Dewulf (AG2R), Tim Wellens (Lotto Soudal), Bram Welten (Arkéa-Samsic) e Ethan Hayter e Dylan van Baarle (Ineos Grenadiers) destacaram-se mas depressa o neerlandês da Ineos seguiu isolado, num ataque que parecia destemido demais visto que faltavam sensivelmente 50 quilómetros para o fim.
Com van Baarle na frente, os restantes sete foram anulados, formando um grupo de favoritos de duas dezenas de atletas. Desse grupo Luke Durbridge (BikeExchange), Rui Oliveira (Team UAE Emirates) e Victor Campenaerts (Qhubeka – Assos) saíram em busca do homem da Ineos. A estes juntaram-se Greg van Avermaet (AG2R), Florian Sénéchal (Deceuninck – Quick Step), Christophe Laporte (Cofidis), Warren Barguil (Arkéa Samsic) e Jasper Stuyven (Trek – Segafredo).
O octeto foi anulado à entrada dos mil metros finais, quando Dylan van Baarle, o ciclista subestimado do dia, já erguia os braços sob a linha de meta. Laporte e Tim Merlier (Alpecin – Fenix) completaram o pódio, respectivamente.
Rui Oliveira terminou em 26º lugar, André Carvalho (Team Cofidis) em 96º e Ivo Oliveira (UAE Team Emirates) não terminou a prova.