André Rodrigues de Carvalho nasceu a 31 de Outubro de 1997. Está desde sempre ligado ao ciclismo, visto que é oriundo de uma família com tradição na modalidade. O seu avô, Carlos Carvalho, venceu a Volta a Portugal em 1959, Rei da Montanha na prova por cinco vezes e ainda o conquistador de uma edição do Porto – Lisboa. A veia ciclística continuou no seu pai que foi Campeão Nacional em Cadetes e tem uma loja de bicicletas e uma equipa de ciclismo, a Escola de Ciclismo Carlos Carvalho.

Foi nessa mesma escola que André deu as primeiras pedalas, depois de ter tentado o futsal. Ao serviço da equipa foi vencedor da Volta a Portugal em 2012, no escalão de cadetes, depois de ter obtido a medalha de bronze nos Campeonatos Nacionais de fundo do mesmo escalão. No ano seguinte, ainda em cadete, terminou em 2º na Taça de Portugal. Em 2014 sagrou-se Campeão Nacional de fundo, no escalão júnior. Terminou a temporada a representar a selecção nacional no Campeonato Europeu e no Campeonato Mundial. Daí prosseguiu para o Centro de Ciclismo de Avidos onde obteve novo título de Campeão Nacional de Fundo. Tornou-se, então, bi-campeão batendo, entre outros, João Almeida e Daniel Viegas (duo que nesse ano representou o Sport Clube Escolar Bombarralense). “Fez um brilharete” exclamou Paulo Martins no final da prova. Terminou o ano novamente ao serviço da selecção nacional no Campeonato da Europa e no Campeonato do Mundo.

A família Carvalho é uma tradição na modalidade.

No final de 2015 juntou-se ao Ciclismo 24 por 24 para se dar a conhecer a quem (ainda) o desconhecia. Fã de futebol e snooker, confessou-nos ter como ídolos o seu seu avô, o seu pai, Alberto Contador, Peter Sagan e Tiago Machado. Disse, ainda, que preferia “as etapas de montanha, especialmente as mais inclinadas ou em terreno paralelo”, pretendendo “tornar-se profissional e erguer os braços ao mais alto nível”.

Em 2016, ao serviço da Libery Seguros – Carglass, venceu a geral do VII G.P. Liberty Seguros Açores, tendo vencido o prólogo e a classificação da juventude também. Venceu a juventude na 25ª Volta às Terras de Santa Maria e no 25º Circuito de S. Bernardo. Integrou ainda a comitiva nacional no Campeonato Europeu de sub-23.

André Carvalho no VII G.P. Liberty Seguros Açores.

No ano de 2017 representou a Cipollini Iseo Serrature Rime, na primeira experiência fora de portas. Estreou-se no 93º Trofeo San Geo terminando em 10º, sendo o 3º melhor entre os sub-23. Esteve presente na Ronde van Vlaanderen Beloften (Tour de Flandres sub-23) onde um furo, a cinco quilómetros da meta, retirou-lhe a vitória.

Marcou presença no Giro d’Italia sub-23 onde foi o 8º na classificação da juventude. Essa classificação (destinada aos sub-20) foi ganha por Pavel Sivakov. Foi vice-campeão nos Campeonatos Nacionais de fundo sub-23. Participou no Tour de l’Avenir, numa edição dominada por Egan Bernal, e terminou em 8º a Vuelta a Galicia. Foi escolhido para representar a selecção nacional no Campeonato da Europa e no Campeonato do Mundo do seu escalão.

Troféu referente ao 10º lugar no 93º. Trofeo San Geo.

Em 2018 regressou à fileira chefiada por Manuel Correia. Começou o ano a ser o 2º melhor jovem da Volta ao Algarve. Obteve a medalha de bronze nos Campeonatos Nacionais de fundo em sub-23. Fez parte da comitiva medalhada com o bronze de Rafael Silva na prova de fundo dos Jogos Mediterrâneos. Terminou em 11º no G.P. de Portugal N2, sendo o 2º melhor jovem. Terminou a Taça de Portugal no 3º lugar, sendo o 2º melhor sub-23. Representou, como habitual, a selecção nacional no Campeonato Europeu e no Campeonato Mundial, no escalão sub-23. Fechou em 15º na prova de fundo europeia.

2019 marcou o início de um nome capítulo chamado Hagens Berman Axeon. Ao serviço da equipa norte-americana terminou em 5º lugar na Liège-Bastogne-Liège e na Paris-Roubaix (uma queda tirou-o da disputa da prova com Thomas Pidcock), no escalão de sub-23. Na mesma categoria esteve presente no Giro d’Italia, no Campeonato Europeu e no Campeonato Mundial, ambos ao serviço da selecção nacional. A pandemia covid-19 reduziu o seu calendário de 2020 praticamente a cinzas. No entanto, teve uma oportunidade de se debater com os elites, em França, no 74º Grand Prix d’Isbergues – Pas de Calais. Fechou em 10º, numa prestação que o levou a fechar contrato para 2021 com a também francesa Cofidis, equipa do World Tour, o maior escalão do ciclismo.

Estreou-se com as cores da equipa francesa na Clásica de Almería, confessando-nos que colocou o dorsal da prova na parede do seu quarto destinado ao efeito. Fez parte do bloco de clássicas da Cofidis, estreando-se em Monumentos por ocasião do Tour des Flandres, terminando na 111ª posição. Estreou-se pela selecção nacional no escalão de elites na prova de fundo dos Mundiais na Flandres, terminando a época no pavé, mais concretamente na Paris-Roubaix onde integrou a fuga do dia mas acabou por abandonar devido a queda.

André Carvalho com as cores da Cofidis.

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