Tiago Machado, de 29 anos, começou profissionalmente com as cores da Madeinox – Boavista, tendo corrido depois 4 temporadas pela RadioSchack, tendo sido colega de Lance Armstrong, dos irmãos Schleck e de Fabian Cancellara, entre outros. Saiu para a NetApp Endura onde ganhou visibilidade e protagonizou um episódio de garra no Tour anterior quando caiu gravemente e mesmo após ter entrado na ambulância colocou-se em cima da bicicleta para acabar a etapa. Esta época foi “repescado” pelo velho conhecido José Azevedo. O escudeiro de Joaquim Rodríguez prontificou-se a falar ao Ciclismo 24 por 24, sendo motivo de orgulho para nós portugueses termos um ciclista lá fora que apesar da sua qualidade, não esquece os fãs.
Pelo segundo ano consecutivo “bates na trave” em ambas as provas nacionais. É frustrante para ti ficares tão perto da desejada camisola?
Não é o segundo ano consecutivo, mas sim o terceiro… Deixei tudo na estrada e perdi para grandes ciclistas, só me resta felicitá-los! Na minha vida não há espaço para frustração!
O Tour é a prova mais esperada do ano?
Sim, é a prova rainha do ciclismo! As equipas preparam a temporada quase sempre a pensar nela e os ciclistas querem todos estar presentes!
Quais os teus objectivos para o Tour? Trabalhar para Purito ou terás carta verde?
O meu único objectivo é seguir à risca as ordens que me forem dadas pelos directores!
Qual o teu favorito para a vitória final?
Para mim são Froome, Nibali, Quintana e Contador, mas gostava de ver o Purito nessa luta também!
A teu ver, qual será a etapa-chave desta edição?
Ainda não vi o percurso para ser sincero, por isso não posso responder a esta pergunta!
Como é trabalhar com José Azevedo, que para além de ser português foi um grande ciclista?
Já conheço o Zé há muitos anos, já tinha trabalhado com ele no passado. Se este ano estamos a trabalhar novamente juntos não é obra do acaso!
Ele é uma pessoa muito profissional, correcta e que acredita e muito no meu potencial! É sempre bom trabalhar assim com este tipo de pessoas.
Após quase 20 anos a alinhar à partida, o carismático Jens Voigt, teu ex-colega de equipa não irá estar presente, fruto de ter terminado a sua carreira. Quando foram colegas de equipa ele foi de alguma forma teu “tutor”? É uma referência para ti?
Os únicos tutores que tive no ciclismo foram Joaquim Sampaio, Célio Sousa que eram os mais experientes no meu ano de estreia do profissionalismo. Sinceramente nunca fui muito fã do Voigt, nunca foi uma referência para mim. Cresci a ver batalhas de Pantani, Armstrong, Ulrrich e a nível mais caseiro de Joaquim Gomes, Orlando Rodrigues, Gamito, Manuel Abreu, etc…
Obrigado pela disponibilidade e pela entrevista, foi um prazer!
Obrigado eu, um abraço a todos.