Fabian Cancellara nasceu a 18 de Março de 1981. Passou pela Mappei QuickStep (2000 a 2002), Fassa Bortolo (2003 – 2005), CSC Pro Team (2006 – 2008), Saxo Bank (2009 – 2010) e de 2011 até ao término da carreira, 2016, na Trek.

Desde cedo que começou a erguer os braços. Em 2002 saiu vencedor do Bank Austria Tour e do ZLM Tour. Na época seguinte levou a camisola de melhor jovem na KBC Driedaagse van De Panne-Koksijde, no Eneco Ronde van Nederland e a camisola por pontos na Volta à Romandie. Em 2004 Spartacus começou a mostrar os seus verdadeiros atributos obtendo o 4º lugar no Paris Roubaix e vencendo uma etapa do Tour de France, aos 23 anos. 2005 confirmou a super estrela em que Fabian Cancellara se podia tornar. 4º na Gent – Wevelgem, na HEW Cyclassics e fechando pódio no Campeonato do Mundo de Contra-relógio.

O suíço iniciou o percurso na CSC Pro Team da melhor maneira, erguendo, no ando de 2006, os braços no velódromo de Roubaix. Finalizou o ano vencendo a Camisola do Arco-íris na vertente de Contra-relógio, feito que viria a repetir em 2007, não antes selando duas etapas no Tour com o seu nome… a 2ª das quais de forma extra-terrestre.

Spartakus venceu de forma magnífica pela 2ª vez no Tour’2007.

No último ano na CSC o palmarés foi recheado, começando na Milando-Sanremo, somando um 2º lugar na Paris-Roubaix, vencendo ainda o Tirreno Adriático e obtendo o Ouro Olímpico no Contra-relógio e o bronze na prova de fundo.

Seguiram-se dois anos na Saxo Bank, recheados de sucesso para o suíço. Venceu o Tour de Suisse, duas etapas no Tour de France e na Vuelta a España, tornando-se pela 2ª vez Campeão do Mundo de Contra-relógio. 2010 ficou marcado pela vitória prematura na época no Tour of Oman e posteriormente no E3 Prijs Vlaanderen. Seguiram-se triunfos no Tour des Flandres, na Paris-Roubaix, duas vitórias no Tour de France e o terceiro título de Campeão do Mundo de Contra-relógio.

Em 2011 transferiu-se para a Leopard Trek. Nesse venceu o E3 Prijs Vlaanderen e a prova de fundo dos Campeonatos Nacionais e ficou em 2º lugar na Paris–Roubaix e na Milano–Sanremo, no 3º no Tour des Flandres e no Campeonato do Mundo de Contra-relógio, sendo 4º na prova de fundo. Em 2012 venceu a Strade Bianchi, uma etapa no Tour de France, tornou-se Campão Nacional Suíço de Contra-relógio, conseguindo outro 2º lugar na Milano-Sanremo. Um ano menos conseguido para Spartacus.

Quando muitos pensavam que Cancellara não conseguiria mais reerguer-se, eis que a resposta surgiu da melhor maneira. Tour des Flandres, Paris-Roubaix, E3 Prijs Vlaanderen – Harelbeke tiveram todos o mesmo vencedor. Spartacus renovou o seu título de Campeão Nacional Suíço em Contra-relógio e somou mais uma vitória na Vuelta a España.

Cancellara erguendo os braços no velódromo de Roubaix em 2013.

A luz apagou-se novamente em 2014, vencendo “apenas” o Tour des Flandres, renovando o estatuto de Campeão Nacional Suíço em Contra-relógio e somando mais um 2º lugar na Milano-Sanremo. Se 2014 foi mau, 2015 foi péssimo para Fabian. Uma queda durante a E3 Prijs Vlaanderen – Harelbeke tirou-o fora das Clássicas do Pavé e, quando mostrou quem era roubando a camisola amarela do Tour de France após falhar a vitória no prólogo, nova queda retirou-o da restante época. Importante referir que Fabian Cancellara tornou-se em 2015 o ciclista com mais dias de amarelo na prova francesa sem nunca a ter vencido (29 dias).

O suíço soma 29 dias de amarelo sem nunca vencer o Tour, detendo esse recorde.

2016 foi a última página de Spartacus enquanto ciclista. Começou o ano a vencer em Espanha o Troféu Serra de Tramuntana e logo após passou por terras algarvias. Na Volta ao Algarve bateu toda a concorrência no Contra-relógio à 3ª etapa. A onda vitoriosa seguiu viagem com o suíço para a Strade Bianchi (onde venceu pela 3ª vez e fez história) e continuou em solo italiano em no Contra-relógio ganho à 7ª etapa do Tirreno – Adriatico.

O suíço obteve a 2ª vitória de 2016 no Algarve.

Após uma primeira parte amplamente positiva da época, Cancellara entrou com o pé esquerdo na época das clássicas. Ficou envolvido com Peter Sagan e outros numa queda no quilómetro final da Milano-Sanremo e fechou em 31º. Somou dois 4º lugares na E3 Harelbeke e na Gent – Wevelgem. No Tour des Flandres, onde deu enorme espectáculo, terminou no 2º lugar e, na Paris-Roubaix, Spartacus ficou envolvido em nova queda, não indo além de 40º.

Popovych correu em 2016 a pedido de Cancellara que o queria como escudeiro na sua última Paris-Roubaix. Abraçaram-se em pleno velódromo.

Fabian Cancellara partiu para o 2º objectivo da época: vestir de roda no Giro d’Italia. Um vírus impediu a presença do super campeão a 100% na prova e regressou a casa após 9 etapas e sem o objectivo concretizado. Tornou-se Campeão Nacional de Contra-relógio pela 4ª vez e abandonou o Tour de France na sua terra Natal, Berna.

Parte para o Brasil onde viria a realizar as suas últimas duas provas enquanto profissional, neste caso, os Jogos Olímpicos de Estrada e Contra-Relógio, respectivamente. Na 1ª mostrou estar num pico de forma excepcional, descolando do pelotão a meros quilómetros do fim, quando deixou o seu colega Sebastien Reichenbach bem posicionado. No contra-relógio o suíço não deu hipóteses. Bateu Tom Dumoulin por 47 segundos e levou o ouro na sua última prova, terminando a época e a carreira de forma brilhante.

Spartacus repetiu o feito de 2008, no fecho de carreira.

Pelos espectáculos no empedrado, pela rivalidade com Tom Boonen, pela hegemonia que deteve nos contra-relógios ou simplesmente pela sua garra, Fabian Cancellara é uma dos maiores nomes da história do ciclismo. Somou 88 triunfos ao longo da carreira, seis do quais em gerais de provas por etapas.

Actualmente continua ligado à modalidade, sendo mentor e manager de alguns atletas, nomeadamente de Marc Hirschi.

Spartacus na sua faceta… humorística!

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