Ao contrário da edição 105, a edição 106 do Giro d’Italia correu-se exclusivamente em solo italiano. Ao primeiro dia Luís Piçarra mostrou quem era o Boss do Eurosport, apostando no vencedor e primeiro líder da prova, Remco Evenepoel (Soudal – Quick Step). No entanto, ao segundo dia Olivier Bonamici beneficiou de uma queda colectiva já na parte final da etapa para ascender à liderança do Jogo das Apostas.
No dia seguinte a tensão nas cabines era evidente, com Olivier Bonamici a ter usado e abusado do Whatsapp acabando, no entanto, sozinho com Paulo Martins.
Ao quarto dia a primeira fuga vingou e Luís Piçarra vingou-se dos desaires nos dias anteriores, erguendo os braços com Aurélien Paret-Peintre (AG2R). No entanto, a resposta de Olivier Bonamici não tardou a chegar e escreveu-se através de Kaden Groves (Alpecin – Deceuninck). O Boss do Eurosport respondeu logo depois através de Mads Pedersen (Trek – Segafredo). A fuga voltou a dar frutos maduros a Luís Piçarra, desta feita através de Ben Healy (EF). Paulo Martins foi o último a erguer os braços antes do primeiro dia de descanso, através de Evenepoel.
Olivier Bonamici começou a segunda semana a recuperar a liderança através do renascer das cinzas por parte de Pascal Ackermann (UAE Team Emirates). Reforçou-a com a fuga vitoriosa de Einer Rubio (Movistar Team) e de Brandon McNulty (UAE Team Emirates).
A terceira semana trouxe mais do mesmo, desta feita com Alberto Dainese (Team DSM) e Filippo Zana (Team Jayco AlUla). Luís Piçarra atenuou o domínio francês através de Santiago Buitrago (Bahrain Victorious) no último embate entre favoritos. Na última jornada, as cabines do Eurosport tremeram. Uma queda de Pascal Ackermann remeteu a aposta de Olivier Bonamici para os últimos lugares da classificação da etapa. O Franciu reviveu o pesadelo causado pelo mítico Grega Bole aquando do 97º Tour de France (2010). Tremeu e chegou a ameaçar os seus colegas. Mas desta feita, o desfecho foi outro. E o francês renovou a sua maglia rosa… Juntamente com a dupla José Azevedo & David Rosa! Bonamici excluiu a dupla logo no começo da prova mas esta continuou em prova e somou a pontuação mais baixa pelo que, para todos os efeitos, a maglia rosa terá que ser repartida por dois!
Estatísticas gerais finais (excluindo José Azevedo):
- Entre o quarteto houve 12 apostas certeiras;
- O mais regular foi Luís Piçarra;
- Os ciclistas mais apostados foram Mads Pedersen (Trek – Segafredo), Jonathan Milan (Bahrain Victorious) e Primož Roglič (Team Jumbo – Visma) – 6 vezes cada;
- Pascal Ackermann (UAE Team Emirates) protagonizou o maior desfalque desta edição, quase comprometendo a parte da maglia rosa pertencente a Olivier Bonamici com o seu 112º lugar na última etapa.
Luís Piçarra:
- Ergueu os braços por 5 vezes;
- Somou 18 top-10;
- Apostou em 13 ciclistas diferentes;
- O ciclista mais apostado foi Pedersen e Roglič – 4 vezes cada.
Paulo Martins:
- Venceu apenas uma vez;
- Fechou 17 vezes no top-10;
- Apostou em 13 ciclistas distintos;
- O ciclista mais apostado foi Milan – 5 vezes.
Olivier Bonamici:
- Conquistou 6 triunfos;
- Terminou 15 vezes no top-10;
- Apostou em 18 ciclistas diferentes;
- O ciclista mais apostado foi Kaden Groves (Alpecin – Deceuninck) – 3 vezes.
José Azevedo:
- Alcançou 6 vitórias;
- Concluiu 19 vezes no top-10;
- Apostou em 13 ciclistas distintos;
- O ciclista mais apostado foi Pedersen – 4 vezes.
Para os mais curiosos, eis as estatísticas dos Envelopes do septeto de comentadores do Eurosport:
- Olivier Bonamici e Frederico Bártolo conseguiram colocar cinco nomes nos seus Envelopes que fecharam no top-10 da prova;
- José Azevedo foi o único a somar duas apostas certeiras, ao contrário de Olivier Bonamici e Diogo Santos que não somaram nenhuma;
- Todos os comentadores apostaram em Remco Evenepoel (Soudal – Quick Step);
- João Almeida (UAE Team Emirates) e Primož Roglič foram apostados por todos os comentadores excepto por Diogo Santos. O esloveno fez parte do pódio dos restantes comentadores;
- Apenas Diogo Santos e Frederico Bártolo apostaram em Damiano Caruso (Bahrain Victorious);
- Andreas Leknessund (Team DSM) e Laurens de Plus (Ineos Grenadiers) não foram apostados por ninguém;
- Quanto a apostas ousadas…
- Luís Piçarra colocou fichas em Jay Vine (UAE Team Emirates), 34º classificado;
- Paulo Martins e José Azevedo depositaram esperança em Santiago Buitrago (Bahrain Victorious), 13º classificado;
- Olivier Bonamici confiou cegamente em Ben Healy (EF), 55º classificado;
- Frederico Bártolo voltou a mostrar o seu fetiche por Lorenzo Fortunato (EOLO – Kometa), 21º classificado;
- Diogo Santos acreditou na veterania sábia de Luis Léon Sánchez (Astana), 24º classificado.
Nota: a pontuação de José Azevedo (& David Rosa) não conta oficialmente para a classificação final pois o ex-ciclista não esteve presente em todas as etapas da prova.