A 71ª edição da Vuelta a España foi para a estrada a 20 de Agosto, tendo no seu perfil dois contra-relógios e sete chegadas em alto. O primeiro contra-relógio, colectivo, foi ganho pela Sky e Peter Kennaugh foi assim o 1º líder da prova.

Primeiro líder da 71ª Vuelta.

Sem sprinters de renome mundial (que abdicaram de marcar presença apara terem o seu foco nos Mundiais), Gianni Meersman (Etixx – Quick Step) venceu 2 das primeiras 4 etapas em linha, enquanto Darwin Atapuma (BMC Racing Team) conquistava a liderança à etapa 4 e ficaria com a mesma até à etapa 7. O colombiano passa o testemunho ao seu compatriota Nairo Quintana (Movistar Team) à etapa 8, numa etapa brilhantemente vencida por Sergey Lagutin (Team Katusha). Mais espectacular foi ainda a fuga vitoriosa de David de la Cruz (Etixx – Quick Step) na etapa seguinte. O espanhol levou etapa e geral.

Sonho concretizado para o espanhol da Etixx: vitória e liderança.

As diferenças significativas entre adversários começa a desenhar-se à etapa 10 quando Quintana vence e reassume a geral. Chris Froome (Team Sky) fica a um minuto e Alberto Contador (Tinkoff) a três. Lembramos que El Pistolero tinha ficado envolvido na primeira semana numa queda com José Gonçalves (que desistiu, Caja – Rural) que o fez perder tempo significativo. Froome respondeu vencendo a etapa seguinte, vencendo ao sprint Quintana. Com a táctica de trás para a frente de novo aplicada na prova espanhola, Froome chegou junto de Quintana na etapa 14.

Froome é mais forte ao sprint na etapa 14.

A etapa decisiva desta 71ª edição foi a 15ª. Ataque de longe de El Pistolero com Gianluca Brambilla (Etixx – Quick Step), Nairo Quintana segue-os, enquanto Froome, apanhado desprevenido, ficou no grupo secundário, a par de Alejandro Valverde (Movistar Team) que o demarcava. O super campeão britânico não teve nem pernas nem equipa para eliminar as diferenças e perdeu 2 minutos e mio para Quintana. Brambilla acabou mesmo por vencer a etapa.

Valverde e Froome no grupo secundário… o rosto pesado de ambos diz tudo.

Desengane-se quem pense que a Vuelta terminara ali. Chris Froome retirou 2 minutos, situação impensável para muitos, à 19ª etapa, lugar do contra-relógio individual. Duas etapas para o fim e pouco mais de um minuto diferenciava-os. Chegada em alto na etapa 20, o ciclista da Sky tentou deixar o líder para trás mas tal não aconteceu. No entanto, Esteban Chaves (Orica GreenEdge) destronou Contador do 3º lugar, num claro declínio do espanhol. A etapa foi ganha por Pierre Latour (BMC Racing Team) para desespero de Olivier Bonamici!

O menino prodígio francês deu espectáculo!

A etapa de consagração foi ganha por Magnus Cort (Orica GreenEdge). Fabio Felline consagrou-se o mais regular ao vencedor a Camisola por Pontos, Omar Freile o trepador da prova com a Camisola dos Pontos. Quintana subiu ao pódio, acompanhado por Froome (venceu a camisola do Combinado) e Chaves, respectivamente. A BMC viu o esforço ser consolado após a queda de Samuel Sanchez no final do crono (estava em 7º) com a vitória na classificação por equipas.

O pódio final.

Destaque ainda para o bom plano de Leopold Konig (Team Sky), para os portugueses em prova (ao serviço dos líderes), Sérgio Paulinho (115º, Tinkoff), José Mendes (54º, Bora – Argon) e Tiago Machado (85º, Team Katusha); e para as decepções de Tejay van Garderen (BMC Racing Team) e da organização À etapa 6 quando se esqueceu de retirar um pilar que lesionou gravemente Steven Kruijswijk (Team LottoNL – Jumbo), um dos favoritos à vitória final.

Top-20 final.

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