Nascido a 20 de Dezembro de 1979 em Barham, na Austrália, Michael Rogers tornou-se num dos grandes nomes que o ciclismo australiano trouxe para o World Tour durante o século XXI.
Rogers chegou à Europa em 1995 começando o seu percurso na pista com enormes resultados tais como o Título Nacional em Perseguição Colectiva em 1997 ou o Título de Perseguição Individual no ano seguinte. Apesar de tudo, o jovem australiano seguiu uma carreira na estrada com um nível bastante alto logo, desde a categoria de juniores e de sub-23. Além do Campeonato Nacional de Contra-Relógio em Juniores, Rogers alcançou também durante o final dos anos 90 do século passado, duas Medalhas de Prata em Mundiais tanto como sub-19, como enquanto sub 23. É de destacar também as Medalhas alcançadas nos jogos Commonwealth em 1998.
Em 2002 Rogers iniciou o seu reconhecimento internacional no World Tour destacando-se como um contra-relogista de alto nível. Logo nesse ano venceu em casa o Tour Down Under, ao serviço da Mapei – Quickstep. 2003 foi o ano de afirmação do australiano. Com o Título Mundial de Contra-Relógio como grande resultado, Rogers compôs o seu palmarés com vitórias em provas como a Volta a Pequim, a Route du Sud ou a Volta a Alemanha. Nos dois anos seguintes o australiano voltou a vencer os Mundiais de Contra-Relógio, alcançando em 2005 o estatuto de Tri-Campeão Mundial em anos consecutivos. Aos 24 anos.
Em 2006 com a mudança para a equipa TMobile, Rogers alcançou o 9º lugar no Tour de France. No 2º ano com a equipa alemã, Rogers fechou em 7º o Tour of California, em 4º a Settimana Internazionale Coppi e Bartalie, perdeu a Vuelta a Catalunya para Vladimir Karpets e abandonou no Tour.
Em 2008 o australiano mudou-se para a Team Columbia, onde não foi a nenhuma Grande Volta. Teve como resultados de destaque o 2º lugar no Sachsen-Tour International, o 6º e 8º lugares nos Jogos Olímpicos de Pequim em Fundo e Contra-Relógio e o 3º lugar no Eneco Tour. No ano de 2009 Rogers venceu aquele que foi o seu único título de Campeão Nacional de Esforço Individual. Nesse mesmo ano alcançou em Maio o 6º lugar no Giro d’Italia. No ano seguinte venceu a Vuelta a Andaluzia e o Tour of California.
No entanto, a partir de 2011 com a entrada na Sky e posteriormente a ida para a Tinkoff (Saxo-Bank) o australiano, apesar de ainda somar alguns resultados de relevo, passou a estar muito mais ligado ao serviço de gregário do que à posição preponderante como havia estado até então. Em 2012 esteve presente na vitória de Bradley Wiggins no Tour de France, depois de ter fechado em 4º o Santos Tour Down Under, vencido a Bayern-Rundfahrt e ter perdido o Criterium du Dauphine para Wiggins. Finalizou em 6º o Crono dos Jogos Olímpicos de Londres.
Os últimos anos da carreira de Michael Rogers foram passados na Tinkoff formação, onde auxiliou nomes como Alberto Contador. Em 2013 fechou em 2º o Tour of California. No ano seguinte fez parte do conjunto fortíssimo para o Tour, onde Alberto Contador era apontado como grande candidato à vitória. O espanhol abandonou mas o australiano fez jus ao seu talento e venceu a etapa 16 da prova francesa, após duas vitórias no Giro, incluindo a mítica chegada ao Monte Zoncolan. Terminou o ano com o 5º lugar no Mundial de Contra-Relógio em Ponferrada. No ano de 2015 fez parte da equipa que levou El Pistolero a vencer o Giro d’Italia e terminou em 7º o Eneco Tour.
Em 2016 Michael Rogers anunciou a sua retirada do pelotão profissional devido a um problema cardíaco que se tinha agravado nos últimos anos da sua carreira. Participou em 15 Grandes Voltas, finalizando 13, 17 vitórias enquanto profissional, 6 das quais por etapas. Michael Rogers deixa então uma marca no ciclismo internacional, devido aos seus resultados individuais relevantes (em especial o Tri-Campeonato do Mundo), mas também devido ao espírito colectivo que nunca deixou de ter, defendendo sempre os objectivos das equipas onde figurou.
Actualmente é o Director de Inovações da UCI, isto é, é o responsável pelos regulamentos técnicos que vão desde o design das bicicletas até aos equipamentos que são montados nas mesmas.