Bicicleta de Greg LeMond coloca com um motor para exemplificação.
Bicicleta de Greg LeMond coloca com um motor para exemplificação.

A saga de críticas aos ciclistas e as acusações de doping e utilização de motores no Tour de France começa, infelizmente, a ser normal.

Há sempre batoteiros e por isso é que existem comissões e organizações que estabelecem regras, castigos e têm a função de manter as diversas modalidades os mais limpas e credíveis possível.

“Chris Froome ganha o Tour apenas porque está dopado” é o que mais se ouve desde que o britânico assumiu a camisola amarela e deixou todos para trás na etapa 10. A UCI é responsável pelos controlos anti-doping e Froome não acusou positivo em nenhum. O sistema está eficaz? Sim, Luca Paolini foi apanhado num dos controlos.

Será esta especulação positiva? De todo não.

A UCI deve começar por apertar o cerco face aos motores na bicicleta. São uma máquina que pode ser utilizada sem ninguém notar e Greg Lemon disse ao Cycling Tips que acredita que estes já tenham sido utilizados ao mais alto nível, no entanto neste Tour não há que haver preocupações. Até à etapa 18 foram feitos 25 testes no que diz respeito aos motores e se houvesse algo errado, já saberíamos.

Bicicleta de Greg LeMond coloca com um motor para exemplificação.
Bicicleta de Greg LeMond coloca com um motor para exemplificação.

Olhemos às camadas jovens, como se sentem os aspirantes ciclistas a verem este ambiente em torno da sua modalidade? Muitos perdem a vontade imediata de pedalar face a esta acusações, espectáculo e faltas de respeito. Não é assim que se leva um desporto para a frente e o torna mais verídico.

Há que zelar pela verdade para que os jovens acreditem na modalidade.
Há que zelar pela verdade para que os jovens acreditem na modalidade.

Passemos ao público, será que os espectadores recebem bem tudo isto? Aqui passemos a factos:

  • Cuspiram em Chris Froome mais de um par de vezes.
  • Chris Froome levou com um balde de urina numa das etapas.
  • O britânico da Sky foi agredido várias vezes e escapou a outras tantas tentativas.
  • O líder e quase vencedor deste Tour foi mais assobiado do que aplaudido nesta edição.
Chris Froome tem um Tour para esquecer no que toca ao público e à comunicação social. No entanto, o britânico dorme de consciência tranquila.
Chris Froome tem um Tour para esquecer no que toca ao público e à comunicação social. No entanto, o britânico dorme de consciência tranquila.

Tudo tem limites. Nenhum ciclista gosta no seu perfeito juízo de ver um companheiro de estrada a ser tratado desta maneira. Nós, amantes da modalidade, também não. Não basta ter fé na verdade desportiva, as entidades responsáveis têm que dar respostas, factos e informações verídicas antes que acontece algo de mais grave. Estamos a falar da segurança de ciclistas, que trabalham meses, anos para atingirem os seus objectivos e não ser vaiados. São seres humanos, têm que ser respeitados.

O ciclistas são seres humanos, têm que ser respeitados.
O ciclistas são seres humanos, têm que ser respeitados.

Sobre este assunto, Gonçalo Moreira (comentador do Eurosport) disse no seu Twitter:

“Ciclismo e doping, o eterno debate. Batoteiros há em todo o lado. Por isso há juízes/castigos. Perder o prazer de ver? Não deixo que mo tirem.”

É assim que todos devemos pensar e agir, enquanto as entidades devem trabalhar para apurar os factos, punir os batoteiros e tornar cada vez mais o que vemos 100% limpo. Por enquanto teremos que ter fé.

São imagens que demos louvar, excepto quano o público não respeita o corredor.
São imagens que demos louvar, excepto quano o público não respeita o corredor.

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